segunda-feira, 20 de junho de 2011

#SERÁ?



Será esse o retorno do prestígio? Será?


A chamada é bem empolgante, e também nostálgica! Bons tempos em que a telenovela inspirava, aguçava a audiência e ganhava as ruas em animadas conversas nas feiras, nos botequins, nos salões de cabeleleiro. Lugares pitorescos, não é mesmo? Pois bem, são nesses lugares pitorescos que elas devem repercutir, é literalmente na boca do povo que elas precisam estar.


Ah, mas os tempos são outros? podem dizer. É verdade são outros. Hoje, 30 ou 40 milhões de brasileiros acompanham uma ou outra trama. Mesmo comparado com as décadas de 80 e 90, esse número é bastante significativo. Então qual é o problema? Bem, o problema é a repercusão, o chiado das ruas, o frisson. Tudo isso fora soterrado num passado de glórias, não porque os tempos são outros, e sim porque a qualidade das tramas anda digna de pena, ou revolta, para os mais aficcionados.


É bem verdade que, às vezes, um ou outro autor consegue salvar a lavoura e honrar um produto que começou na era de ouro do rádio, que ganhou o toque de Midas de Janete Clair e se perpetuou no cotidiano de uma nação. Foi assim com "O Clone", de Glória Perez, em 2001, "Senhora do Destino", de Aguinaldo Silva, em 2005, e "A Favorita", de João Emmanuel Carneiro, em 2008.


Deste modo, podemos dizer que novela é uma roleta russa? Sim, sempre foi! O problema é exatamente a quantidade de tiros que andam saindo pela culatra, atingindo, em cheio, o coração da audiência. Fazendo uma infame paródia com um batidíssimo recurso televisivo, andam perguntando: "Quem Matou a Novela?". Bem, a resposta parece fácil, mas, na verdade, deveriam estar preocupados com a chacina que anda a dizimar a paixão dos telespectadores!

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