quinta-feira, 3 de março de 2011

SAUDADES DO OSCAR



Preciso confessar, há séculos não fico acordado até tarde para prestigiar a cerimônia do Oscar. Motivo? Cansei da mesmice, do marasmo e da previsibilidade. Perder meu sono de beleza, ganhar olheiras escandalosas ? pra quê?

Semanas antes do evento, já conhecemos os vencedores, podemos prever o desfile de vaidades do red carpert e todo o RESTO desse bafafá!

Sinto saudades dos tempos auréos do Oscar, pricipalmente dos números musicais, que hoje, andam dignos de pena. Por isso, revirei o abençoado You Tube, e garimpei a pérola acima. Trata-se de uma performance de Madonna. Ok, eu sei, vocês andam fartos de Madonna, Gaga e todas essas criaturas empombadas do mundo pop, mas o fato é que: não RESISTI, e pronto! Por isso, sapeco nesse espaço, mais uma da loura.

Bem, voltando a dita apresentação, ocorrida em 1991 (Nossa, tô me sentindo uma múmia), Madonna deu -no bom sentido, é claro- ao povinho do cinema, a última grande cena musical dessa festinha tão surrada.

Nessa época, a audiência bateu recordes, mas mesmo antes da peleja, a crítica especializada estava prontíssima pra descer o cacete -mais uma vez no bom sentido, é claro- em Madonna.

Ela, macaca-velha, já sabia disso. Portanto, seus chiliques antes do babado, são perfeitamente compreensíveis. Logo no começo do dia, Madonna, completamente aturdida, quase esquece de carregar ao Shine Auditorium, seu mais novo amigo de infância, o sempre pálido, Michael Jackson. Ele seria sua "dama de companhia" ao rega-bofe.

Já no teatro, e durante os ensaios, Madonna estressa-se com técnicos de som e leva os membros da orquestra à loucura. Essa noite seria decisiva em sua vida musical, seria decisiva na sua cruzada egocêntrica de mostrar ao mundo de que não era a vadia sem talento de que tanto lhe caluniavam.

Dito e feito! Madonna adentra, pelo fosso, ao palco do Shine Auditorium. No que revela-se o maior CALA-BOCA do show biz.

Fantasiada de Marilyn Monroe e possuída por Gilda, de Rita Hayworth, Madonna Louise Verônica Ciccone - sim, esses são nome e sobrenome da musa -  descarregou sua arrogância e talento sobre uma platéia de abutres. O bom e vellho play-back, que todos esperavam, fora banido. Uma voz -sabe-se lá Deus de onde ela tirou - preencheu, com maestria, a pomposa "Sooner or Later", de composição de Stephen Sondheim, o talentoso e exigente musicista da Broadway.

Quase no fim do número, um pesado brinco de diamantes migra para o ousado decote de um vestido ídem. Sem pestenejar, e como seria próprio dela, ela o atira em direção da platéia. Pois é, além de pérolas, Madonna também jogou diamantes aos porcos.

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